É muito frequente encontrarmos em materiais de divulgação de empresas de tradução que algumas trabalham exclusivamente com “profissionais nativos”. Isso normalmente é citado como uma vantagem competitiva, que quase que automaticamente nos faz pensar que deveríamos utilizar um profissional nativo para obtermos uma tradução de melhor qualidade.
Apenas para deixar claro, “profissional nativo” é aquele que escreve em sua língua-mãe. Sendo assim, um brasileiro, por exemplo, traduzindo para português, ou um americano traduzindo para inglês, e não o contrário, seriam profissionais nativos.
O conceito por trás dessa ideia é de que o texto traduzido por alguém que escreve em sua língua-mãe seria mais “natural e idiomático” para o leitor. Por outro lado, alguém que escreve numa segunda língua teria menor habilidade e condições de “apagar as marcas da tradução” no texto final.
Num primeiro olhar isso parece fazer sentido, porém o processo de tradução é bem mais complexo que isso.
Para que uma tradução tenha qualidade, o tradutor precisa:
– compreender bem ambos os idiomas
– escrever bem em ambos os idiomas
– estar familiarizado com textos da respectiva área do conhecimento
– ter criatividade
– ter experiência em tradução na respectiva área.
A habilidade mais importante dentre elas, varia conforme a área do conhecimento e o tipo de texto, o que torna o processo ainda mais complexo.
O fato de ser nativo, na melhor hipótese, garante uma maior naturalidade no texto traduzido.
Todo o resto, entretanto, não depende de onde o profissional nasceu, mas de quanto estudou e se dedicou a sua formação profissional.
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